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16 de julho de 2014

Diagnóstico sobre evasão escolar e crianças fora da escola no Rio de Janeiro é finalizado

O estudo apresenta, a partir de diferentes bases de dados, a localização de crianças que se encontram fora da escola no município do Rio e o mapa de regiões com crianças que apresentam maior risco de evasão escolar

O projeto Aluno Presente se propõe a auxiliar na inclusão de crianças que estejam fora da escola e trabalhar para que elas continuem estudando durante o ano todo. Mas como chegar a essas crianças? Quem são e onde elas estão? Para ajudar a solucionar essa questão, foi realizado um diagnóstico para identificar a localização destas crianças e produzir a cartografia da cidade, indicando as áreas onde existem crianças e jovens com maior risco de evasão escolar.

Uma das primeiras constatações da pesquisa – chamada de “Diagnóstico quantitativo da distribuição territorial? das crianças entre 6 e 14 anos?de idade, residentes no Município do Rio de Janeiro, que não estão frequentando a escola” – foi a de que, até então, não havia um processo de coleta ou armazenamento de dados com esta finalidade. Assim, o ineditismo do estudo tornou-o mais complexo.

Uma das saídas encontradas foi a identificação de dados secundários que pudessem ajudar na pesquisa. “Buscamos os registros que as escolas fazem sobre os alunos que deixaram de estudar. Observamos, então, as análises do Escola 3.0 (sistema de pesquisa da Secretaria de Educação) e o Censo Escolar.”, esclarece Dálcio Marinho, do Observatório de Favelas, instituição responsável pela produção do diagnóstico.

Outra constatação do estudo é de que o fenômeno de não escolarização não ocorre ao acaso ou com de forma igual nas diferentes regiões da cidade. “As chances são bem maiores em alguns territórios e por isso investigamos os motivos que levam à evasão e que áreas são mais suscetíveis ao risco”, explica Dálcio. Foram apontados como fatores extraescolares que levam à evasão ou ao não ingresso de crianças e adolescentes na escola: a violência, o território de moradia, a classe social e a questão etno-racial.

O diagnóstico foi anexado ao relatório que será enviado à Fundação Educate a Child – financiadora do projeto – com as ações e resultados da fase piloto do Aluno Presente.

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